Bolo Maravilhoso de Maçãs com Canela e um filme que me fez pensar...muito!









Olá, queridos! Hoje acordei um trapo...com uma gripe horrorosa e a impressão de que passou um trator em cima de mim...para frente e de ré!!!! Nariz entupido, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça, dor nas juntas...dor...doooooorrrrrrrrrrr!!!!!!

Eu tinha um encontro de blogueiros de gastronomia do RS em Gravataí, no Incrível Armazém Artusi - da minha amiga querida-amada-doce-e cheiadetrabalho Carla Maicá, dona do delicioso blog CUCINA ARTUSIANA; porém não tinha ne-nhu-ma disposição de ir! Então pensei...onde posso ficar quietinha no meu canto, sem incomodar ninguém e sem ser incomodada por ninguém? No cinema!!!!! Pronto...vou ao cinema! Eu queria ter ido durante a semana ver "PARA SEMPRE ALICE" -  o qual já li o livro - no entanto não consegui tempo...então...seria hoje mesmo! 
Quando o filme começou, já me impactou...assim...de cara! Pois uma coisa é ler ( claro que o livro é mais completo que o filme) outra bem diferente e VER Juliane Moore interpretar Alice - como sempre, excelente! 

O filme se trata de uma mulher que aos 50 anos, começa a apresentar sintomas precoces do Mal de Alzheimer, e da sua trajetória de vida com o avanço da doença. É a história de Alice Howland; uma mulher super ativa, professora titular de Psicologia Cognitiva da Universidade de Harvard e extremamente bem sucedida, que de repente vê seu mundo ruir. Fala de suas aflições e suas perdas cognitivas, de seus medos e anseios. Fala também de amor, de paciência, de união, de compreensão. Muito lindo, muito triste e muito emocionante! Um filme que nos faz repensar o que e quem nós somos e como o somos! Nos faz repassar a nossa vida e o que fizemos com ela...as nossas escolhas, enfim...nos faz rever valores, principalmente! 

"A história de Alice, que ilustra a de muitas outras pessoas, deve ser contada, vista  e principalmente, lida. Seja para conhecer mais sobre a doença ou seja para ler uma história que jamais vai sair da sua cabeça.

Surge então o nome: mal de Alzheimer de instalação precoce (que acomete cerca de 10% dos portadores da doença). E o que todos nós, leigos no assunto, a princípio pensamos sobre este tema, vai por água abaixo. 

Afinal, a doença é sim caracterizada pela perda progressiva da memória. Porém, com o tempo, tudo acaba se deteriorando. A orientação espaço-visual se acaba, a linguagem torna-se vazia e desprovida de significado, vestir-se se torna cada vez mais complicado, e a dependência total de outra pessoa é fator fundamental. Sabe o que mais? Dos primeiros sintomas ao óbito, a sobrevida média é de 6 a 9 anos. Cruel. Muito cruel.


Para Sempre Alice foi publicado originalmente no ano de 2007, intitulado Still Alice e sempre esteve na lista dos melhores livros. Trata-se do primeiro título da escritora Lisa Genova, que além de ser uma escrita das boas, também é ph.D em neurociência pela Universidade de Harvard. Ou seja, pelo seu amplo conhecimento no assunto, Lisa nos mostra um lado muito científico da doença - mostrando quais são os tratamentos existentes, como este mal vai afetando o cérebro (e o porquê disso), além de disponibilizar o nome de diversos medicamentos utilizados. Tudo isso de uma forma extremamente clara e de fácil compreensão, o que deixa o leitor mais a vontade com o tema e, consequentemente, mais tocado pela história da personagem.

Mas não poderia deixar de publicar aqui um trecho inesquecível do livro, onde a personagem faz seu último discurso público (maravilhoso) em uma conferência (pouco antes de perder quase totalmente sua memória):

"Nós, nos primeiros estágios da doença de Alzheimer, ainda não somos completamente incompetentes. Não somos desprovidos de linguagem nem de opiniões importantes, nem de períodos extensos de lucidez. Mas já não temos competência suficiente para que nos sejam confiadas muitas demandas e responsabilidades de nossa vida anterior. Temos a sensação de não estar nem cá nem lá, como um personagem numa terra bizarra. É um lugar muito solitário e frustrante para se estar (...) E não tenho nenhum controle sobre os 'ontens' que conservo e os que são apagados. Não há como negociar com esta doença. Não posso oferecer a ela os nomes dos presidentes dos Estados Unidos em troca dos nomes dos meus filhos. Não posso lhe dar os nomes das capitais dos estados e conservar as lembranças de meu marido (...) Meus 'ontens' estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente. Num amanhã próximo, esquecerei que estive aqui diante de vocês e que fiz este discurso. Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei o hoje, mas isso não significa que o hoje não tem importância." (texto adaptado)

Saí do cinema com um nó por dentro! Nem sei explicar direito o que sentia! Então, te digo: vá assistir ao filme...ou melhor, leia o livro! Depois me conta o que sentiste também...se conseguires colocar em palavras!

Cheguei em casa e fui para a cozinha! Estava uma temperatura agradável lá fora, boa para um bolo! É na cozinha que coloco a cabeça no lugar! Enquanto estou cozinhando, reflito...enquanto estou cozinhando apazíguo o coração e a mente! E este bolo saiu delicioso!

Você vai precisar de:

2 maçãs grandes cortadas em cubos
3 ovos
1 xíc. de chá de açúcar
2/3 de xíc. de chá de óleo (uso o de girassol que não é transgênico) 
1/2 xic. de chá de água
2 xic. de chá de farinha de trigo branca
1 xic. de chá de farinha de trigo integral
1 col. de sopa de fermento em pó
1 col. de chá cheia de canela em pó

Faça assim:

Pré aqueça o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe a forma que for usar. 
No liquidificador, coloque as maçãs, os ovos, o açúcar, o óleo e a água. Bata até ficar bem homogêneo. Enquanto isso, num bowl, peneire a farinha branca, adicione a canela, a farinha integral, e o fermento. Misture com uma colher. 
Despeje a mistura do liquidificador sobre a de farinhas e mexa bem, para misturar. Coloque na forma e leve assar por 35 minutos ou faça o teste do palito. Desenforme depois de frio. Não coloquei cobertura, porém, podes polvilhar açúcar de confeiteiro.


Por hoje é só isso, amigos!
Um beijo e um queijo...ah...IA ESQUECENDO... Boa semana a todos!

Pão de Cascas de Tomates - Nada se descarta, tudo se congela...















Um queijinho cottage em cima com um pouquinho e orégano e está feita a refeição!!! Pão quentinho, cascudo e crocante! Delícia! Nhammmmm!


Como diz a Ana Elisa, casca de tomate não se descarta: se congela. Assim como outras cascas também! E como quase tudo que há dentro de casa!!!!

Desde sempre ouço a minha mãe dizer que não se desperdiça comida, que é pecado jogar comida fora, blá, blá, blá...E eu acredito nisso e concordo! Deixando de lado aspectos religiosos, é um pecado mesmo jogar comida fora...senão pela gente, pelos milhões de pessoas neste mundão, que vivem em absoluta miséria e desnutrição; os animais abandonados que estão pelas ruas...enfim...não te dá uma DOR na consciência? Em mim com certeza dá...e muita! E tento ensinar aos meus filhos o que eu penso ser o certo! Custa ensinar? Custa...mas faz parte da nossa tarefa neste mundo!!!! Faz toda a diferença!!! Passar adiante o que sabemos aos filhos, amigos e até inimigos, enfim...a todos os que tivermos contato! Conhecimento nunca é demais!!!!

Aqui em casa, o que não é congelado vira imediatamente outra comida! Por exemplo, o pão amanhecido é torrado e vira farinha de rosca; carne de ontem vira o risoto de hoje, o feijão que sobrou transforma-se em um delicioso revirado...e por aí, vai!

Congelo frutas sem as sementes, feijão, arroz, carnes, temperos, comida pronta, pães, legumes, cascas, talos...O QUE NÃO PODE é RE-CONGELAR algo. Aí tudo o que é bom neste alimento já se perde. A REGRA É: DESCONGELOU NÃO VOLTA MAIS PARA O FREEZER. Então te dou uma dica: congele porções pequenas! Use e abuse do teu freezer. Lance mão de potes, plásticos, vidros e utensílios em inox (próprios para congelamento). Não congele em alumínio. Faz mal para a tua saúde.

Deixo para ti um com UMA REPORTAGEM  sobre congelamento muito bacana, que saiu no caderno PALADAR, do blog do Estadão; E OUTRA sobre COMO CONGELAR, muito bacana.

Para fazer este pão, você vai precisar de:

2 xíc. de chá de casca de tomates batidas com 320 ml de água morna 
600 g de farinha de trigo 
1 col. de chá de sal 
1 pitada de açúcar
3 col. de chá de fermento ativo seco  
2 col. (sopa) de azeite de oliva extra virgem
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Misture tudo numa "bacia" ou tigela. Mexa. Depois, vá adicionando MAIS farinha - aos poucos, de meia em meia xícara até ficar no ponto de desgrudar das mãos (para mim foram necessárias mais 2 xíc. de chá). Sove dentro da bacia mesmo por uns 5 minutos. Faça uma bola e coloque de volta na bacia. Cubra com plástico filme e leve a um lugar onde ele possa fermentar, tipo o forno de microondas. Deixe lá por 1 hora. Retire, transfira a massa para uma superfície, espalhe um pouco de farinha nesta superfície, para a massa não grudar e sove mais 5 minutos. Divida a massa em 2 partes. Modele os pães, coloque na fôrma definitiva e leve ao forno DESLIGADO, para crescer por mais 45 minutos. Ao final do tempo, borrife todo o forno com água ( isso vai fazer com que o pão fique com aquela casca dura, sabe?). Ligue o forno a 200ºC. Asse os pães por 40 minutos ou até que estejam na cor desejada.

Espero que tenham gostado!
Por hoje é só, amigos!
Um beijo e um queijo!